O comprimento de um cabo de alimentação com plugue padrão australiano de dois núcleos desempenha um papel significativo no fornecimento de energia e pode impactar o desempenho geral dos sistemas elétricos devido à queda de tensão. A queda de tensão é um fator crítico em sistemas elétricos, principalmente quando se trata de cabos de alimentação longos. Quando uma corrente elétrica flui através de um condutor, ela encontra resistência, o que resulta na perda de energia na forma de calor. À medida que o comprimento do cabo de alimentação de dois núcleos do padrão australiano aumenta, também aumenta sua resistência total, causando uma queda de tensão maior. Esta queda de tensão reduz a tensão que atinge o dispositivo ou aparelho que está sendo alimentado, resultando potencialmente em desempenho inferior ou falha na operação correta. Quanto mais longo o cabo, maior a resistência e mais significativa se torna a queda de tensão, especialmente para sistemas que consomem correntes mais altas. Por exemplo, um cabo de extensão de 10 metros pode causar uma queda de tensão maior em comparação com um cabo de 1 metro, mesmo que o cabo de alimentação utilize a mesma bitola de fio.
A queda de tensão pode levar à degradação do desempenho de aparelhos e dispositivos, especialmente aqueles que requerem níveis de tensão precisos para um funcionamento adequado. Quando a tensão fornecida a um aparelho é inferior ao necessário, o aparelho pode não funcionar com a eficiência ideal ou pode não funcionar de todo. Por exemplo, em motores elétricos, comumente encontrados em ferramentas elétricas, ventiladores e sistemas HVAC, uma queda de tensão pode causar redução de torque e velocidade, resultando em operação ineficiente e até mesmo em possíveis danos ao motor. Da mesma forma, aparelhos de aquecimento eléctrico, tais como aquecedores de ambiente ou aquecedores de água, podem não atingir as temperaturas alvo, resultando num aquecimento retardado ou na incapacidade de manter um calor consistente. Em casos extremos, uma grande queda de tensão pode danificar componentes eletrônicos sensíveis dos dispositivos, causando desgaste prematuro ou falha.
A quantidade de corrente (medida em amperes) consumida pelo aparelho é outro fator chave que influencia a extensão da queda de tensão. Aparelhos que exigem cargas de corrente mais altas (como máquinas industriais, equipamentos de cozinha de alta potência ou unidades de ar condicionado) exacerbam o efeito de queda de tensão quando usados com cabos longos. Por exemplo, uma carga de 15 A em um cabo longo e fino sofrerá uma queda de tensão mais significativa do que uma carga de 5 A em um cabo curto e grosso. Para atenuar isso, é essencial usar a bitola (espessura) de fio apropriada para o cabo. Fios mais grossos (números de bitola mais baixos) têm menos resistência, reduzindo o potencial de queda de tensão e garantindo que mais tensão chegue ao aparelho. Por exemplo, um cabo 10 AWG (American Wire Gauge) terá menor resistência e uma menor queda de tensão em comparação com um cabo 16 AWG para o mesmo comprimento e corrente.
Embora os cabos padrão para eletrodomésticos de uso diário variam normalmente de 1 a 5 metros de comprimento, há situações em que são necessários cabos mais longos. Em ambientes industriais, comerciais ou externos, podem ser necessários cabos de extensão ou cabos de alimentação longos para alcançar equipamentos distantes. Nestes casos, é essencial compreender a relação entre o comprimento do cabo, a queda de tensão e o desempenho do aparelho. Cabos mais longos devem ser escolhidos com base nos requisitos específicos dos aparelhos ou máquinas que pretendem alimentar. Por exemplo, usar um cabo de extensão de 20 metros para uma máquina industrial de alta potência pode exigir um cabo com bitola muito maior do que um cabo padrão de 1 metro para dispositivos de baixa potência. Os usuários devem considerar o consumo de corrente do equipamento e a distância da fonte de alimentação ao selecionar o comprimento e a bitola do cabo.